Estórias

domingo, 10 de janeiro de 2010

"Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?"

Há alguns dias estive lendo uma reflexão sobre a frase que intitula este post e me chamou muito a atenção uma parte dela. Fala sobre o nosso arrimo, sobre onde buscamos nossas forças e como sobrevivemos às nossas angústias e insatisfações. Ela diz assim:

"Quando perdemos o bem-estar físico, achamos refúgio no bem-estar mental; se este nos falta, arrimamo-nos aos nossos amigos. Ou, com maior frequência, quando perdemos os prazeres mais elevados, encontramos facilmente consolo nos mais baixos. Quando a religião falha, consolamo-nos na arte; quando o amor ou a ambição nos decepcionam, mergulhamos nos prazeres físicos; quando o corpo se nega a responder, buscamos refúgio no nosso indomável orgulho; e quando tudo desmorona, pensamos no suicídio e no inferno como a solução mais suportável. Na nossa determinação apaixonada de nos tornarmos toleráveis a nós mesmos, parece não haver abismo a que não desçamos".

Essa reflexão de Benson, à primeira vista tenebrosa, pode ser libertadora se entendermos o seu cerne cristão: "para viver é preciso morrer", "para ter, é preciso dar".